sábado, 6 de agosto de 2011

Vale a pena ler, é perfeito!

Ele: Ontem eu te vi de mãos dadas com outro cara. Ele era.. da hora. Mas ele segurava nas suas mãos de maneira errada e ele te deixou andar do lado de fora da calçada. Olha, eu sei que terminei com você falando que queria curti. E curti, curti muita fossa, muito choro e muita gente falando que eu era idiota. Eu podia ter feito você tão feliz. Eu deveria ter sujado sua boca com o sorvete, eu deveria ter pego você no colo e te jogado na areia da praia. Lembra quando você cortou o cabelo e eu não falei nada? Eu deveria ter falado que aquele corte te deixou mais linda, que quando o vento batia nos seus cabelos e você olhava para baixo eu tinha certeza de que queria ficar com você pra sempre. Eu não to mentindo, tentei por vezes criar coragem e vir até aqui. Me chama, vai, me chama de burro. Me chama de burro por não ter visto que seu sorriso era o mais lindo do mundo, por não ter visto a curva dos seus cílios quase tocando nas suas sobrancelhas. Me bate, vai. Me bate por ter feito você chorar. Vai, me bate. Por favor. Me faz lembrar que você adorava chocolate branco e eu só te comprava preto. Briga comigo por eu nunca ter usado a camiseta que você me deu, briga. Eu deveria ter segurado sua mão com força. Eu deveria ter beijado sua testa enquanto podia. Eu deveria ter aberto a porta do carro pra você. Todas as tardes que eu joguei videogame, eu deveria ter deixado tudo de lado e ter ido de ver sorrir. Aquele seu vestido azul, você sempre usava porque combinava com a cor dos meus olhos não é? E eu nunca percebi. Eu nunca percebi o jeito que você mexia os dedos um de cada vez e que aquele nada, era você explodindo de ciúmes. Eu nunca deveria ter largado sua mão para segurar o copo de bebida, nunca. Eu não quero que me desculpe, eu não mereço. Eu só vim aqui ver se você tava com alguém porque eu quero dar um soco na cara dele. Ta vendo? Eu sendo ridiculo de novo. Mas eu não consegui ver você segurar a mão de outro cara. Você apertou a mão dele igual apertava a minha? Mordeu a mão dele? Diz pra mim que você não montou nas costas dele e tampou os olhos, para brincar de cavalinho. Diz pra mim que ele ta te fazendo sorrir. Diz. Só me diz se ele te faz feliz. Olha, se você não me ama mais, tudo bem, pode pegar a vassoura e me expulsar da sua casa. Mas se você ainda lembra do dia que eu te joguei um travesseiro na cabeça, você me tacou o controle da tv porque mudei de canal, logo em seguida eu tirei nossas alianças do bolso, te pedi em namoro e você falou que não queria ser minha namorada e sim minha esposa, então por favor, se você lembra desse dia, se você lembra da sua blusa rosa suja de brigadeiro e seu bico de brava porque eu falei que a dançarina do Faustão era bonita, sorri pra mim, pela última vez, sorri pra mim. Eu juro que te esqueço, que não te pertubo mais e paro de mandar sms em todas as horas iguais, mas sorri pra mim. Deixa eu, pelo menos essa noite, dormir feliz por te visto você sorri. Eu vou embora… E me desculpe, eu não mereço nem seu sorriso.

Ela sorri: – Eu senti sua falta, mesmo você não merecendo nem minha raiva. Ele a beija.
Não que eu queira te esquecer, eu preciso. E luto contra isso, com todas as minhas forças semi-esgotadas. Preciso desesperadamente esquecer-te, como preciso neste instante de seu abraço e regresso, ou necessito de atenção.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

“Chora não, menina boba. Era só um garotinho igual aos 345 que têm nas lojas. Que modelo você quer agora? Quer o modelo que fala irado, o que fala maior vibe ou o que fala insano? Ah, mãe, queria um que falasse coisas mais inteligentes e profundas, tem desse? Tem, mas custa um pouco mais caro porque é importado de outro planeta. Nada que dez vezes no cartão não resolva.”
(Tati Bernardi)