quinta-feira, 21 de julho de 2011
Tudo muda ao ponto de parar, tudo muda ao ponto de você não querer ver mais ninguém que, até porque, não vai resolver os seus problemas. Tudo muda, ao ponto de você não querer ver aquela tal pessoa que te fez tanto sorrir. Tudo muda ao ponto de você não querer ir mais pra escola ver as mesmas pessoas e viver, por algumas horas, as mesmas coisas. Tudo muda ao ponto de você nem querer sair do quarto, porque você sabe que o mundo la fora será sempre a mesma coisa. Você também sabe que as pessoas vão te magoar como já aconteceu várias vezes, que elas não vão mudar só por você. E então a vida já não começa a fazer tanto sentido, você vai pra escola e sorri sem querer, é obrigado a escutar coisas que não são do seu interesse e ainda ve aquelas pessoas que te dão nojo. Chega em casa não tem nada pra fazer e então você chora lamentando pelas coisas que não fez ou que fez e se arrependeu. Ai, é nessas horas que entra os amigos. E eles te dão força, muita força mais ainda não é o suficiente pra tirar aquela dor do seu peito. E essa dor é uma dor que nem você sabe como é, de onde veio e quando vai. Uma dor muito forte que, infelizmente, não podem fazer nada pra arrancar ela. E com o tempo, ela aumenta porque as pessoas fazem ela aumentar. Elas te magoam com palavras e depois dizem: foi mal, a intenção não era essa. Mais essa intenção não intencionada te deixou pior e você não aguenta ser forte pra sair dela. Essa dor te faz chorar todos os dias mais e mais, só que o bom é que ninguém percebe. Mais quem se importa mesmo com você?
quarta-feira, 20 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011
Duas faces de mim
Há um lado meu que não se sabe, um lado que ninguém pode sentir. Sombrio, até pode ser esta a palavra certa para ele. Mas seria injustiça o chamar assim. Ele também se encolhe ao medo, chora as dores dos outros, e simplesmente se isola quando suas próprias angústias aparecem. Ele é covarde, sozinho, e desiste fácil. Mas em seguida, sem motivo algum, ele some e vai embora, como se fosse uma roupa no varal perseguindo um vento atormentado. Minha face mais amiga ocupa o lugar abandonado e logo já me sinto bem, a paz se sente avontade dentro de mim e dança graciosamente em meu interior. Me sinto bem retirando a saudade, da outra metade, que também fazia parte de mim.
Por mais que todas as terapias do mundo, todas as auto-ajudas do universo e todos os amigos experientes do planeta me digam que preciso definitivamente não precisar de você, minha alma grita aqui dentro que, por mais feliz que eu seja, a festa é sempre pela metade. É você quem eu sempre busco com minha gargalhada alta, com a minha perdição humana em festejar porque é preciso festejar, com a minha solidão cansada de se enganar.
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